quinta-feira, 29 de maio de 2014

Próxima parada, estação das “magrelas”

Foto: internet
Para o bem de todos e felicidade geral da mobilidade, Brasília oficializa a bicicleta como meio de transporte alternativo. A construção de centenas de quilômetros de ciclovias e, agora, a inauguração de dez estações das populares “magrelas” para serem usadas gratuitamente pelo público vai incentivar muita gente a trocar o automóvel ou os demorados ônibus pelas saudáveis pedaladas.
A expectativa é animadora, pois mesmo em países que dispõem de transportes modernos, entre eles, o metrô, e de outros serviços que garantem mobilidade segura e confortável à população, a bicicleta sobrevive. Mais do que isso, a presença da popular “magrela” cresce cada vez mais nas ruas, consolidando-se como meio de locomoção de baixíssimo custo, saudável e ambientalmente sustentável.

Foto: internet
O trânsito caótico das grandes cidades chinesas não destronou a bicicleta como o principal meio de transporte da população; a Holanda, país altamente desenvolvido, é conhecida como “o país das bicicletas”. Até nos Estados Unidos, “o país do automóvel”, as bicicletas, com ou sem ciclovias, dividem pacificamente o espaço com os automóveis nas ruas de Nova York. Tanto na “grande maçã”, Londres, Paris ou Amsterdã, já existe o serviço de estações de bicicletas para uso público. Agora, chegou à vez de Brasília entrar definitivamente nesse inteligente clube do pedal.

 

quarta-feira, 21 de maio de 2014

O gostoso “mexido” cultural de Brasília

Foto: Internet
Você sabia que hoje, 21 de maio, é o Dia Mundial da Diversidade Cultural? Brasília, mais do que qualquer outra cidade brasileira, tem mil motivos para comemorar essa data. A explicação está em sua origem. Cada tijolo, cada balde de concreto, cada via rasgada no Cerrado tem a marca de uma região, pois o sonho de Juscelino Kubitschek foi edificado pelas mãos de trabalhadores de todas as regiões do país, do Oiapoque ao Chuí.
A convivência de diversas raças, hábitos, tradições e experiências nos canteiros de obra da capital produziu uma rica mistura, ou como diria o antropólogo francês Claude Lévis-Strauss, um “mexido” cultural dos mais variados temperos.
Foto: Internet
Nas rodas de amigos, é possível saborear desde o pato no tucupi ao churrasco gaúcho. Isso na culinária. Nas artes em geral e em particular na música, a diversidade se manifesta com igual pluralidade.

Além da força do roque, a capital assumiu a posição de maior centro de chorinho do país, e plantou a semente do bumba-meu-boi pelas mãos saudosas do mestre Teodoro. E não para por aí, pois Ceilândia, movida pela população de origem nordestina, festeja o “Maior Forró do Centro-Oeste” e conta ainda com a Casa do Cantador, reduto do cordel. E temos ainda o carimbó, a folia de Reis, o frevo do Galinho de Brasília. E por aí vai. Como disse o sociólogo Gilberto Freyre, Brasília é mesmo um Brasil feito de vários brasis.
Foto: Internet


domingo, 11 de maio de 2014

O novo desafio das supermães

Foto: Marcos Paixão 
Todas as mães brasileiras estão de parabéns, não apenas pela data comemorativa de hoje, mas pelas vitórias conquistadas, às vezes anonimamente, todos os dias do ano nas diversas atividades do cotidiano.

Neste mundo moderno, o conceito de mãe está muito além do símbolo da maternidade, que, durante milênios, foi a principal marca da identidade feminina. 

Os tempos são outros. A quebra de paradigmas que nortearam as relações familiares durante séculos, ao mesmo tempo em que significou um grito de liberdade, criou inúmeros conflitos e situações que testam diariamente a capacidade das mulheres. Agora, elas conciliam, com amor e garra, o sublime papel de gerar e dar à luz novas vidas com a necessidade de ser uma competitiva profissional no mercado de trabalho. Missão de supermãe.

Foto: Marcos Paixão 
Não existe completitude na vida. Há sempre algo por que lutar, uma diferença a igualar. E hoje o desafio que se apresenta diante das brasileiras é conquistar “igualdade de oportunidades” também na política. E isso só se tornará realidade quando elas aumentarem significativamente a sua participação nas cadeiras do Legislativo, para, de igual por igual, e muito sabiamente, propor e aprovar medidas em busca de uma sociedade mais justa. 

Nunca é demais lembrar: votar e ser votada ainda são as formas mais legítimas e eficazes de implementarmos as mudanças que o povo pediu nas manifestações de rua.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

A Jair Rodrigues, um tributo de arrepiar!

Foto: Internet
A memória do cantor Jair Rodrigues vai muito além das suas interpretações musicais, a mais famosa delas, “Disparada”, composta pelo lendário Geraldo Vandré e Theo de Barros, vencedora, em 1966, do II Festival de Música Popular Brasileira, prêmio dividido com “A Banda”, de Chico Buarque de Holanda.
Naquele ano, o golpe militar soprava a vela do seu segundo aniversário na sombra das casernas, a União dos Estudantes (UNE) batia seu coração forte como nunca, a diversidade cultural vivia de mãos, pés e bocas amordaçadas, passeatas, repressão, tortura, mortes e desaparecidos completavam o triste cenário.
A morte do alegre cancioneiro remete a um passado que todos querem esquecer. Por isso, o adeus do cantor levou muitos brasileiros a um momento de reflexão, uma vez que ele encarna a memória de um período histórico, que ninguém quer reviver. É justamente por isso que me sinto no dever de tirar o chapéu para a edição de ontem do site Estadão, que contextualizou historicamente o fato com extrema sensibilidade.
Foto: Internet
No conjunto do noticiário, o Estadão conectou o internauta a diversos vídeos de Geraldo Vandré, que, em sua voz misto de protesto e lamento, entoava o angustiado grito da sociedade na eterna “Para não dizer que não falei das flores”. Assim como “Coração de Estudante” durante a campanha das Diretas Já, a canção de Geraldo Vandré representou o hino nacional brasileiro naquela triste época. Depois de meio século, resgatar essa canção sob o aplauso ovacionado de milhares de pessoas que lotavam o Maracanãzinho foi mesmo um tributo de arrepiar! O já saudoso

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Igualdade de oportunidades para o trabalhador

Foto: Internet
Em 1956, os candangos construíram na Candangolândia, voluntariamente, a primeira igrejinha do Distrito Federal. Feito de madeira, o singelo e histórico templo foi batizado com o nome do padroeiro dos trabalhadores: São José Operário.

Passado mais de meio século, o que o trabalhador mais queria ver hoje era o Estado cumprindo o seu papel com todos aqueles que fazem de seu ofício um meio digno de sobrevivência. Não pensem que estou pedindo mais paternalismo do que já existe hoje. Para não deixar dúvidas, recorro ao velho e sábio Luiz Gonzaga, que diz em Vozes da Seca:

 ...Mas doutor uma esmola/ A um homem que é são/Ou lhe mata de vergonha/ Ou vicia o cidadão.

Foto: Internet
Quando o trabalhador, indistintamente de sua condição econômica, tiver acesso a ensino público de qualidade, saúde e a outros serviços básicos eficientes, dignos de uma das maiores economias do mundo, todos vão bater palmas para valer. Pois assim ninguém dependerá do assistencialismo que humilha, subordina e atrofia o caráter, como ensina o Reio do Baião. Terá condições de brigar de igual por igual no mercado de trabalho e alcançar, por seus próprios méritos, a qualidade de vida condizente com uma verdadeira cidadania. Por isso, neste emblemático dia, parabenizo a todos com uma breve porém libertária conclamação: “Igualdade de oportunidades”.