segunda-feira, 7 de abril de 2014

A imprensa e “o dever da verdade”


O sociólogo Marshall McLuhanensina em sua obra homônima que “O meio é a mensagem”, trabalho que logo se tornaria referência obrigatória nos cursos de Jornalismo do mundo inteiro. Com a frase-título, o estudioso canadense já previa o determinismo tecnológico que hoje domina as diferentes atividades humanas.


Foto: Internet
Mas, antecipando-se às previsões do canadense, nosso brasileiro Rui Barbosa, em meados de 1920, já se preocupava com uma questão cuja importância está acima dos avanços da tecnologia na imprensa: á ética da profissão de jornalista. Em 1920, o ilustre baiano resumia seu ensinamento na frase que dava nome a uma de suas concorridas palestras: “O dever da verdade”.

 
Para Rui Barbosa, "A imprensa é a vista da Nação". Por isso, como uma preciosa ferramenta, precisa, antes de tudo, ser limpa. Do contrário, em vez de fazer o papel de olhos ou de um lapidado cristal, torna-se uma “lente turva”, cede espaço à obscuridade que cega a notícia da realidade e, por consequência, a própria, sociedade.


Foto: Internet
A imprensa é um serviço de utilidade pública em seu sentido literal. Por isso, um dos elementos fundamentais que diferencia algum fato da notícia é o interesse público da mensagem veiculada.

É fácil concluir que os colonizadores impuseram um preço elevadíssimo aos brasileiros, ao proibirem a circulação de qualquer publicação no país. Foram três séculos de censura. Mas o jornalismo brasileiro deu a vota por cima. E, ao comemorar o dia da categoria hoje, Brasília contribui para fortalecer a memória da imprensa do país, ao estampar nas bancas e nos meios digitais o nome do primeiro jornal brasileiro, o Correio Braziliense, originalmente lançado em Londres pelo exilado e idealista Hipólito José da Costa. Detalhe: a edição era de 1º de junho de 1808, chegou ao Rio de Janeiro em outubro, mas foi logo apreendida pelo governo.

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