O sociólogo Marshall McLuhanensina em
sua obra homônima que “O meio é a mensagem”, trabalho que logo se tornaria
referência obrigatória nos cursos de Jornalismo do mundo inteiro. Com a
frase-título, o estudioso canadense já previa o determinismo tecnológico que
hoje domina as diferentes atividades humanas.
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Foto: Internet |
Mas, antecipando-se às previsões do
canadense, nosso brasileiro Rui Barbosa, em meados de 1920, já se preocupava
com uma questão cuja importância está acima dos avanços da tecnologia na
imprensa: á ética da profissão de jornalista. Em 1920, o ilustre baiano resumia
seu ensinamento na frase que dava nome a uma de suas concorridas palestras: “O
dever da verdade”.
Para Rui Barbosa, "A imprensa é
a vista da Nação". Por isso, como uma preciosa ferramenta, precisa, antes
de tudo, ser limpa. Do contrário, em vez de fazer o papel de olhos ou de um
lapidado cristal, torna-se uma “lente turva”, cede espaço à obscuridade que cega a
notícia da realidade e, por consequência, a própria, sociedade.
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A imprensa é um serviço de utilidade
pública em seu sentido literal. Por isso, um dos elementos fundamentais que
diferencia algum fato da notícia é o interesse público da mensagem veiculada.
É
fácil concluir que os colonizadores impuseram um preço elevadíssimo aos
brasileiros, ao proibirem a circulação de qualquer publicação no país. Foram
três séculos de censura. Mas o jornalismo brasileiro deu a vota por cima. E, ao
comemorar o dia da categoria hoje, Brasília contribui para fortalecer a memória
da imprensa do país, ao estampar nas bancas e nos meios digitais o nome do
primeiro jornal brasileiro, o Correio
Braziliense, originalmente lançado em Londres pelo exilado e idealista Hipólito
José da Costa. Detalhe: a edição era de 1º de junho de 1808, chegou ao Rio de
Janeiro em outubro, mas foi logo apreendida pelo governo.
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