sexta-feira, 9 de maio de 2014

A Jair Rodrigues, um tributo de arrepiar!

Foto: Internet
A memória do cantor Jair Rodrigues vai muito além das suas interpretações musicais, a mais famosa delas, “Disparada”, composta pelo lendário Geraldo Vandré e Theo de Barros, vencedora, em 1966, do II Festival de Música Popular Brasileira, prêmio dividido com “A Banda”, de Chico Buarque de Holanda.
Naquele ano, o golpe militar soprava a vela do seu segundo aniversário na sombra das casernas, a União dos Estudantes (UNE) batia seu coração forte como nunca, a diversidade cultural vivia de mãos, pés e bocas amordaçadas, passeatas, repressão, tortura, mortes e desaparecidos completavam o triste cenário.
A morte do alegre cancioneiro remete a um passado que todos querem esquecer. Por isso, o adeus do cantor levou muitos brasileiros a um momento de reflexão, uma vez que ele encarna a memória de um período histórico, que ninguém quer reviver. É justamente por isso que me sinto no dever de tirar o chapéu para a edição de ontem do site Estadão, que contextualizou historicamente o fato com extrema sensibilidade.
Foto: Internet
No conjunto do noticiário, o Estadão conectou o internauta a diversos vídeos de Geraldo Vandré, que, em sua voz misto de protesto e lamento, entoava o angustiado grito da sociedade na eterna “Para não dizer que não falei das flores”. Assim como “Coração de Estudante” durante a campanha das Diretas Já, a canção de Geraldo Vandré representou o hino nacional brasileiro naquela triste época. Depois de meio século, resgatar essa canção sob o aplauso ovacionado de milhares de pessoas que lotavam o Maracanãzinho foi mesmo um tributo de arrepiar! O já saudoso

Nenhum comentário:

Postar um comentário