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Foto: Internet |
A memória do
cantor Jair Rodrigues vai muito além das suas interpretações musicais, a mais
famosa delas, “Disparada”, composta pelo lendário Geraldo Vandré e Theo de
Barros, vencedora, em 1966, do II Festival de Música Popular Brasileira, prêmio
dividido com “A Banda”, de Chico Buarque de Holanda.
Naquele ano, o golpe
militar soprava a vela do seu segundo aniversário na sombra das casernas, a
União dos Estudantes (UNE) batia seu coração forte como nunca, a diversidade
cultural vivia de mãos, pés e bocas amordaçadas, passeatas, repressão, tortura,
mortes e desaparecidos completavam o triste cenário.
A morte do
alegre cancioneiro remete a um passado que todos querem esquecer. Por isso, o
adeus do cantor levou muitos brasileiros a um momento de reflexão, uma vez que ele
encarna a memória de um período histórico, que ninguém quer reviver. É
justamente por isso que me sinto no dever de tirar o chapéu para a edição de
ontem do site Estadão, que contextualizou
historicamente o fato com extrema sensibilidade.
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